sexta-feira, 30 de julho de 2010

ULUME


Sumbeia
o grito princípio
ventre tronco de Mbondo, em mim
seiva escrevendo o tem que ser
aquilo que não nos pertence
completa nos.
Soberania extinta, navego te Oceano
entro te N'gunza, foz adentro
descansarei no verde Palmal, longe
dos pós e pruridos, concavidades
em baús de vida.
É noite, no meio do rio
deitado na pedra lisa, água a correr
anfiteatro paredões em açude
o som da Kwita a ecoar, na alma
das coisas ali
existentes.



Ulume-Homem corajoso
Mbondo-Imbondeiro
N'gunza-Rio que desagua no Sumbe/ Norte.
Kwita-Animal parecido com o rato do tamanho de um coelho e que habita
        na rocha do paredão que acompanha o N'gunza.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

OS GÉNEROS




“ A partir do momento em que há prática de escrita, situamo nos em algo que já não é inteiramente a literatura, no sentido burguês da palavra.
Eu chamo a isso o texto , quer dizer, uma prática que implica a subversão dos géneros; num texto já não se reconhece a figura do romance, ou a figura da poesia, ou a figura do ensaio.”
                                                                        Roland Barthes




Nota: Os Géneros são produtos duma contigência histórica


sábado, 3 de julho de 2010

O perigo nos seus aliciantes...

 Warren

Deixara os fáceis caminhos
seguindo o perigo nos seus aliciantes
contrários em luta.

De avaria em avaria,
 numa halucinogénica evasão
as peças recolocadas, com precisão
na alma doce do prazer
imaculada.

Criar a pequena flor
nos fogos do Inferno
ossos branqueados, mergulhando no rio
que chove dos céus
 olhos sem dor
lembrando...
a água estagnada, gera veneno.