terça-feira, 21 de agosto de 2012

PALAVROSO


O genocídio tecnocrático a que estamos maravilhosamente expostos na ilusão da fodida laboriosa capacidade de trabalho, que nos livrará do conjuntural pontapé no traseiro… iremos engolir em seco.


E as hordas africanas sem duches recentes, arrastando dois ou mais filhos pela mão, alguns ainda aportam nas costas italianas e nas Canárias em mais um logro de bem estar e felicidade.

Impregnado medularmente do perfume estabilidade/felicidade, cheiro mal e o bafo cariado dessa coisa-corja peçonhenta e intocável que é a política, definha-me.

Sou poeta, portanto, pedinte da justiça universal, contra a maldição do real a devorar-nos, contra a crostagem estupidificante dos ileteratos, dos “Eu é que sei”.

O aplauso das maiorias absolutas? que são estúpidas, a efemeridade dos césares? o raio que parta os imberbes da vida, que têm por excelsa ferramenta os lautos “jantares”.

Oceanos de literatura e carne viva ousadia de poesia para vos mostrar os cernes e certezas desta vida até serem tragados com o vosso optimismo cúpido nas alegres estabilidades mentais falseadas pelos neons, arvorados em coisas novas, perfeitamente repetitivos na linearização do ser humano.

Não domesticarão a minha pura natureza humana… garanto vos!!!

Estarei lá, munido da cósmica universal alegria de viver, no zénite do vosso desaparecimento e num gesto poético e triunfal, desinfectarei o vosso mórbido e putrefacto rasto, tendo por testemunho Deus e o Diabo!!!