sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O FILHO IMORTAL



O cansaço que trago nas pernas
é um caso de memória.
É a razão de não haver razões.
A dor terrível, traiçoeira
sinistra permanência
os livros da ciência, abertos.
- Vence as !
Houvera quem gritasse
que com famintos medos
nem a memória teria tempo
de recordar.
Matem me esta podridão de gente...
cirúrgicamente silenciada...
junto à inocência...
Mãos nas grades
olhando horizontes
enquanto a aragem corre
brandamente ao longe
esquecerás, se a alegria finda
é um filho imortal.


Ps. Uma ficção de cada vez, em vários espaços

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