domingo, 31 de agosto de 2025

SEM FIM

 


vejo pareceres

seres

as invariáveis progridem

capatazes chicotes

sedas

as imputáveis

aos magotes

mistérios sem fim

reencidem

asa da borboleta

obsoleta

bicicleta para ir

onde nunca fomos

nossas duas almas

pastiche de gnomos

vamos depois, nas calmas

queimando as imagens, amor leve

liga a água entre si, quase esqueci

por dentro do amor

desespero

dor.

#KimdaMagna

segunda-feira, 25 de agosto de 2025

CONCHINHA

                                                 

amores , dissabores, louvores

tri, tri, tri

amargos, embargos, cargos

trilhas são sonoras

quando e se

tua felpuda mão afaga

a minha crista erecta, brilhante

incertezas de um amanhã

esquecidas no beijo, boca escarlate

para sempre?o amor?a fidelidade?

permitirá o esquecimento

continuidade

já foste tímida, inocente, cheirosa

também eu

que seria de nós

sem os perfumes... sem as dialécticas

restava nos ficarmos calados

fazendo conchinha.

#KimdaMagna




domingo, 24 de agosto de 2025

COLINAS DO VIVER



Fogo a propagar se

Quando o olhar

Pelas colinas do viver

Relógio na mão

Chapéu negro na cabeça

Água não apagará

O fogo insistente

Sempre em propagação

Meu medo é tua dor

Meus olhos têm segredos

Os muros quedam se

Mudos

Perante o mal

Cinzas

Anos e minutos deslizam

Pelos vitrais obscenos

Nas catedrais das rezas

Nuvem azulada bebe

O veneno calmo, frágil

Demora a mostrar efeitos

Antes e depois

A beberem nas águas

Turvas

Cuidado com os monstros

Nadam, rastejam, voam

Na escuridão febril.

 

#KImdaMagna


sexta-feira, 15 de agosto de 2025

VESTIDA DE SEDA, A ESTRELA

 

quando atingimos o infinito algoritmo a reflectir se na prata

espelho

aproximadamente uma morada intermédia uma inutilidade

mil vezes revelada

teimas em celebrar a chuva batendo no vidro temperado

imagina um fruto sumarento trincaste com os dois dentes

que te restam

ou melhor uma sumarenta e ácida raíz a brotar da boca dos néscios

como um veneno a escorrer pelos beiços, tem um ar feliz

o veneno

quase se desmascarou

quando o cassetete da força policial lavrou

uma ação, a ação, no chão prostado alguém

podia ver um pingo de suor na magia das superfícies

onduladas

ondulatória ergueu se também

a voz do contradizente snifou mais uma grama

da anfetamina correndo pelo mundo fora

batendo em todo o não

beijou

uma estrela vestida de seda

acabando por ser um esforço arenoso

uma nova paixão

avassaladora

surgindo...

#KimdaMagna

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

GLANDES TESAS E HÚMIDAS



nada/tudo estava acontecendo

no toque das nossas glandes

a tua com mais terminais

a minha a pulsar

cem batidas ao segundo

quando o cobertor do teu corpo

cobriu de espasmos e suores

depois daquele beijo sem boca

lambendo, lambendo as frissuras

minhas mãos descaradas desejosas

abrindo  as carnes vivas

sentimos a alegria

instante prolongado

transcendências, inexplicaveis, sente só

o túmido fervor a crescer

levando tua voz a implorar

abundantemente com a seiva a escorrer

molhados

novas texturas

minha glande afagando docemente

a tua

disseste rouca, vem meu amor

possui me a alma

o corpo já é teu.

 

#KImdaMagna

terça-feira, 5 de agosto de 2025

CERNES CARNUDOS...OBTUSOS

 

Cernes carnudos...obtusos! Cernudo é algo dentro do cerne

Cerne carnudo já que o acaso sisudo acha uma montanha que proibe

Mais uma vez, vamos lá

Cerne carnudo sisudo cernudo volátil o pensamento à volta

Onde não chegam ocas realidades disparo afirmações quais obuses

Mortíferos

Talvez dejectos intestinais

Anormais

Vasos sanitários, lodo...lodo  em  fogo brando para apuramento

Cozinhado, disse o mestre de cozinha.

Eliminemos as estátuas anónimas os pruridos filosóficos dos banqueiros

uso de um pesticida eficaz,  verdade eliminatória

contundente

Última vez, vamos lá,

Cerne sisudo cernudo carnudo

Resta um sabor amargo, açucar não é solução

Horas de vingança, qual frustação te comanda

Move te por dentro, para dentro

Da ,de ,para a imbecilidade.

# KimdaMagna