sexta-feira, 15 de agosto de 2025

VESTIDA DE SEDA, A ESTRELA

 

quando atingimos o infinito algoritmo a reflectir se na prata

espelho

aproximadamente uma morada intermédia uma inutilidade

mil vezes revelada

teimas em celebrar a chuva batendo no vidro temperado

imagina um fruto sumarento trincaste com os dois dentes

que te restam

ou melhor uma sumarenta e ácida raíz a brotar da boca dos néscios

como um veneno a escorrer pelos beiços, tem um ar feliz

o veneno

quase se desmascarou

quando o cassetete da força policial lavrou

uma ação, a ação, no chão prostado alguém

podia ver um pingo de suor na magia das superfícies

onduladas

ondulatória ergueu se também

a voz do contradizente snifou mais uma grama

da anfetamina correndo pelo mundo fora

batendo em todo o não

beijou

uma estrela vestida de seda

acabando por ser um esforço arenoso

uma nova paixão

avassaladora

surgindo...

#KimdaMagna

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