domingo, 24 de agosto de 2025

COLINAS DO VIVER



Fogo a propagar se

Quando o olhar

Pelas colinas do viver

Relógio na mão

Chapéu negro na cabeça

Água não apagará

O fogo insistente

Sempre em propagação

Meu medo é tua dor

Meus olhos têm segredos

Os muros quedam se

Mudos

Perante o mal

Cinzas

Anos e minutos deslizam

Pelos vitrais obscenos

Nas catedrais das rezas

Nuvem azulada bebe

O veneno calmo, frágil

Demora a mostrar efeitos

Antes e depois

A beberem nas águas

Turvas

Cuidado com os monstros

Nadam, rastejam, voam

Na escuridão febril.

 

#KImdaMagna


2 comentários:

Anónimo disse...

Gostei de ler
Abraço
José Felix

Anónimo disse...

É como se o eu lírico estivesse atravessando uma paisagem interna devastada — as “colinas do viver” seriam metáforas para experiências, traumas ou reflexões profundas. O poema não oferece respostas fáceis, mas convida à contemplação e ao enfrentamento dos próprios medos e segredos.