Fogo a propagar se
Quando o olhar
Pelas colinas do viver
Relógio na mão
Chapéu negro na cabeça
Água não apagará
O fogo insistente
Sempre em propagação
Meu medo é tua dor
Meus olhos têm segredos
Os muros quedam se
Mudos
Perante o mal
Cinzas
Anos e minutos deslizam
Pelos vitrais obscenos
Nas catedrais das rezas
Nuvem azulada bebe
O veneno calmo, frágil
Demora a mostrar efeitos
Antes e depois
A beberem nas águas
Turvas
Cuidado com os monstros
Nadam, rastejam, voam
Na escuridão febril.
#KImdaMagna
2 comentários:
Gostei de ler
Abraço
José Felix
É como se o eu lírico estivesse atravessando uma paisagem interna devastada — as “colinas do viver” seriam metáforas para experiências, traumas ou reflexões profundas. O poema não oferece respostas fáceis, mas convida à contemplação e ao enfrentamento dos próprios medos e segredos.
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