vejo pareceres
seres
as invariáveis progridem
capatazes chicotes
sedas
as imputáveis
aos magotes
mistérios sem fim
reencidem
asa da borboleta
obsoleta
bicicleta para ir
onde nunca fomos
nossas duas almas
pastiche de gnomos
vamos depois, nas calmas
queimando as imagens, amor leve
liga a água entre si, quase esqueci
por dentro do amor
desespero
dor.
1 comentário:
"SEM FIM" é um poema sobre a luta para encontrar autenticidade ("seres") em um mundo de aparências e opressão ("pareceres", "capatazes"). Ele traça um movimento da observação de um sistema doente para a proposta de uma fuga a dois, mas termina com a reconhecimento sombrio e profundo de que mesmo o refúgio do amor está impregnado de desespero e dor. É um poema que não oferece respostas fáceis, mas captura com intensidade a complexidade de existir e amar.
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