segunda-feira, 13 de outubro de 2025

ACORDAR

 choro

deschoro

carregando mágoa de...

não poder

interferir com

no mal

não acordamos

indo para dentro

ter saída

palpável

acordar é

rotura

conversão

semelhanças exasperam me

esperei te tantas vezes

esqueci quem sou

a coragem, ilude

quem ousa alcança

mortiços olhos!!!

#kKimdaMagna

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Why?

 I sat

my body on the polished

clitorian velvet

outside, the rain

inside, the sun in us.


I leaned back on the soft pelvic...


My ear

your womb

listens

to the way of life.


I want to hear from the embryo the why...


To know the principles

of the phonetic erotic chaos

of robotic feeling

why?

goodbye.


PORQUÊS


Sentei

meu corpo no lapidado

veludo clitoriano 

lá fora a chuva

dentro o sol em nós.


Recostei me no fofo pélvico...

Meu ouvido

teu ventre

escuta

o jeito da vida.

Quero ouvir do embrião o porquê...


Saber dos princípios

do fonético caos erótico

do sentimento robótico

porquê?

o adeus.


#KimdaMagna




segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Schlep, schlep, schlep

 

Schlep, schlep,schlep...

entradas

sem saídas

mamas descaídas

schlep, schlep, alguém

lambendo o mamilo

sofro de não ver te

afundo me na lama lodosa

 muita parcimónia, cáries dentais

dores brutais

igual à rapariga que conheci

na Estónia

só mesmo o clone dela

as cuecas, as peúgas e soutien

a cozer na panela

uma voz melosa dizendo, vien!

alegria em crescimento

lá para os lados

no barlavento

esquecimento...

#KimdaMagna


sábado, 6 de setembro de 2025

Superlembrável PROFE....

 

Inúmeras vezes oiço/leio, o meu inesquecível professor, marcou me profundamente tal e tal por isto por aquilo, ah aquela professora mostrou me isto, mostrou me aquilo.Não tive essa benesse esse previlogo, também não lamento, o lamento é uma entidade grotesca do passado. Tive foi um professor de História Universal que não sabia que na 1ª guerra mundial se tinha usado o gaz mostarda; tive a professora de filosofia que desconhecia completamente a história da Lilith; também tive um professor da Língua Portuguesa que falava “ACHIM” e que por acaso era padre católico.

O professor  que me lembro  e que marcou profundamente o meu devir nem sequer nas escolas lecionava, nem auxiliar de educação foi. Chamou a minha atenção a sua atitude de liberdade (tinha eu 6 anos) pois xingava tudo e todos: os colonos e seus iguais e fazia caminhadas intermináveis pela cidade. Diziam os mal dizentez e invejosos da sua conduta, que ele era assim porque fumava cangonha(erva,liamba,marijuana) e que assava carne nos pneus dos carros.

Há luz dos dias de hoje, perante a comida industrializada, mais as cargas vacínicas e o ar impregnado dos “perfumes” dos aerosois, pesticidas e quejandos... não sei não quem está pior.

O nome dele era Ximbueko e vivia em Novo Redondo, hoje Sumbe.

#KimdaMagna


domingo, 31 de agosto de 2025

SEM FIM

 


vejo pareceres

seres

as invariáveis progridem

capatazes chicotes

sedas

as imputáveis

aos magotes

mistérios sem fim

reencidem

asa da borboleta

obsoleta

bicicleta para ir

onde nunca fomos

nossas duas almas

pastiche de gnomos

vamos depois, nas calmas

queimando as imagens, amor leve

liga a água entre si, quase esqueci

por dentro do amor

desespero

dor.

#KimdaMagna

segunda-feira, 25 de agosto de 2025

CONCHINHA

                                                 

amores , dissabores, louvores

tri, tri, tri

amargos, embargos, cargos

trilhas são sonoras

quando e se

tua felpuda mão afaga

a minha crista erecta, brilhante

incertezas de um amanhã

esquecidas no beijo, boca escarlate

para sempre?o amor?a fidelidade?

permitirá o esquecimento

continuidade

já foste tímida, inocente, cheirosa

também eu

que seria de nós

sem os perfumes... sem as dialécticas

restava nos ficarmos calados

fazendo conchinha.

#KimdaMagna




domingo, 24 de agosto de 2025

COLINAS DO VIVER



Fogo a propagar se

Quando o olhar

Pelas colinas do viver

Relógio na mão

Chapéu negro na cabeça

Água não apagará

O fogo insistente

Sempre em propagação

Meu medo é tua dor

Meus olhos têm segredos

Os muros quedam se

Mudos

Perante o mal

Cinzas

Anos e minutos deslizam

Pelos vitrais obscenos

Nas catedrais das rezas

Nuvem azulada bebe

O veneno calmo, frágil

Demora a mostrar efeitos

Antes e depois

A beberem nas águas

Turvas

Cuidado com os monstros

Nadam, rastejam, voam

Na escuridão febril.

 

#KImdaMagna


sexta-feira, 15 de agosto de 2025

VESTIDA DE SEDA, A ESTRELA

 

quando atingimos o infinito algoritmo a reflectir se na prata

espelho

aproximadamente uma morada intermédia uma inutilidade

mil vezes revelada

teimas em celebrar a chuva batendo no vidro temperado

imagina um fruto sumarento trincaste com os dois dentes

que te restam

ou melhor uma sumarenta e ácida raíz a brotar da boca dos néscios

como um veneno a escorrer pelos beiços, tem um ar feliz

o veneno

quase se desmascarou

quando o cassetete da força policial lavrou

uma ação, a ação, no chão prostado alguém

podia ver um pingo de suor na magia das superfícies

onduladas

ondulatória ergueu se também

a voz do contradizente snifou mais uma grama

da anfetamina correndo pelo mundo fora

batendo em todo o não

beijou

uma estrela vestida de seda

acabando por ser um esforço arenoso

uma nova paixão

avassaladora

surgindo...

#KimdaMagna

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

GLANDES TESAS E HÚMIDAS



nada/tudo estava acontecendo

no toque das nossas glandes

a tua com mais terminais

a minha a pulsar

cem batidas ao segundo

quando o cobertor do teu corpo

cobriu de espasmos e suores

depois daquele beijo sem boca

lambendo, lambendo as frissuras

minhas mãos descaradas desejosas

abrindo  as carnes vivas

sentimos a alegria

instante prolongado

transcendências, inexplicaveis, sente só

o túmido fervor a crescer

levando tua voz a implorar

abundantemente com a seiva a escorrer

molhados

novas texturas

minha glande afagando docemente

a tua

disseste rouca, vem meu amor

possui me a alma

o corpo já é teu.

 

#KImdaMagna

terça-feira, 5 de agosto de 2025

CERNES CARNUDOS...OBTUSOS

 

Cernes carnudos...obtusos! Cernudo é algo dentro do cerne

Cerne carnudo já que o acaso sisudo acha uma montanha que proibe

Mais uma vez, vamos lá

Cerne carnudo sisudo cernudo volátil o pensamento à volta

Onde não chegam ocas realidades disparo afirmações quais obuses

Mortíferos

Talvez dejectos intestinais

Anormais

Vasos sanitários, lodo...lodo  em  fogo brando para apuramento

Cozinhado, disse o mestre de cozinha.

Eliminemos as estátuas anónimas os pruridos filosóficos dos banqueiros

uso de um pesticida eficaz,  verdade eliminatória

contundente

Última vez, vamos lá,

Cerne sisudo cernudo carnudo

Resta um sabor amargo, açucar não é solução

Horas de vingança, qual frustação te comanda

Move te por dentro, para dentro

Da ,de ,para a imbecilidade.

# KimdaMagna


quinta-feira, 31 de julho de 2025

HIPO,HIPOCRISES,HIPÓCRITAS

 


Ao fundo da rua dois magnatas mandaram

Aumentar a produção, chorudos armamentos

Verbas, é um assunto traiçoeiro a gerar mortes

Hipocrisias deslavadas lamentos em televisão

Inúmeras crianças morrem à fome

A MORTE

Inúmeros drones nas cabeças das crianças

Tentei aprofundar, ver a diferença nos corpos

Estropiados quer pelas bombas, pela fome

NÃO VI

De pensar em pensar está o inferno  cheio

Abismal de singeleza atroz, ergue tua voz

Contra estes ignóbeis fazedores  de dinheiros

Que fumam plácidamente seus charutos poluentes.

#KimdaMagna




quinta-feira, 24 de julho de 2025

ESCREVER COMO QUEM RASGA VÉUS

 

sinto muito falar vos assim

com asas nos esconderijos do  corpo

moluscos, sereias, algas o mar é um fim

juízes e julgadores emitindo parecer torpo

só vos peço, quedai vos em reflexão

que a mesa posta não seja exigência

mas dádiva ancestral da criação

queres que te diga a apetência

ou a incognitude dos silêncios

daqui para a frente será o fim

discernimento... bom senso... conluios...

...afinal qual o vosso doentio medo

vós que sois os subalimentados do sonho

herdeiros inconfessáveis dos prenúncios

“please” fica só no teu canto assim

preferindo talvez os estados solilóquios

teu mal é preferires o arremedo

viveres falsamente e tristonho

tristemente

triste...tonho...tonho

TISTONHAMENTE...

#KimdaMagna



terça-feira, 8 de julho de 2025

ÍNFIMO INFINITO

"Infimo Infinito" é uma dança entre paradoxos. Neste poema, o desvio  da concordância não é erro - é gesto. A imagem que acompanha este verso tenta captar o instante em que o renascer desafia o fim, onde cda pedra é parte do todo.Uma viagem pelo dilemq, pelo fado e pelo desatino.


 

três pedras na mão

adivinhem qual

se na direita

 pede perdão

se na esquerda

solfeja

vil canção

talvez uma suspeita

do todo

afinal uma parte

dilema

existencial

pois foi afronta

desvio da concordância

ao dar se o renascer

espante se

morreu a ruína

no ínfimo infinito

nasceu o desatino

vozes a chorar

olhos em discursos

tudo trocado

singular franqueza

segurem se ao leme

que se afunda

o fado

rodopio

modernista.

 

#KimdaMagna

sábado, 28 de junho de 2025

INVISUALIDADES

 


fazer o sonho

sair

correrias campestres

flor aqui

outra ali

marasmo dos observantes

puxas o cordel

sisal entrelaçado nas bocas

a disparar dualidades

sobre os ventos

murmúrios

sussurros

MURMÚRIOS

escadas de algodão

peso de chumbo

lacra o olhar indecente

incautos

desprevenidos

INCAUTOS

desprezo com altivez

espreita entre frestas

semi abertas

abertas

escancaradamente

mendigo com a lua

na mão

implora

o sol ter!

 

#KimdaMagna

segunda-feira, 9 de junho de 2025

VADIANDO PELAS PALAVRAS

 


 

O pressuposto da objectividade

usando a morte como trampolim

é uma das variáveis na equação

situações vivenciadas no quotidiano

uma escuta psicanalítica

em estado de transparência, mamilo a descoberto.

Vivêssemos numa idade geológica

num laboratório de ideias e experiências

na carnalidade dos livros e bibliotecas…

a liberdade não morreu

perdeu a alma!

Mortes auto infligidas serão uma patologia?

Uma linguagem como estrada espacial

não há leis na natureza

somente necessidades!

Crer tem mais valor do que saber

estamos na prisão.

Livres podemos apenas sonhar-nos, não nos tornamos.

Lamber as explicações causais naturais: uma galeria.

Mau igual a arbitrário? Será?

#KimdaMagna

Do livro "Vadiando pelas palavras"

sábado, 7 de junho de 2025

DESVAIRADAMENTE

 


choque frontal tua boca abrasadora

danos colaterais na porta do túnel

olhos a enrolar, te espero

amar  como um cego apalpando

porque te quero a sangue e fogo

teus sons liquefeitos

nutre me ou morrerei à fome

comer a tua sombra esguia, teu

suspiro...

as garras fincadas no latente

cada movimento, viagem cósmica

um raio caiu aqui, fumegamos

cadências sincronizadas

vai...vem... espádulas palpitantes

aranha de ouro deixa

ficar preso nos teus ardis

beber da tua seiva

ser encarcerado

em delito de paixão

#KimdaMagna

 


quinta-feira, 5 de junho de 2025

MARIMBONDO AFRICANO

 


procurei a vida

nos caixotes urbanos

resíduos

os olhos choram me

enchimentos com estilhaços

a cidade

agora

sentado na lavra

após diálogo

cego

quedámo nos mudos

perguntei receoso

mamâ não dizes nada?

sabendo que a resposta

seria um olhar longínquo

seco de lágrimas

como o solo

que pisamos

as nascentes

esgotaram suas águas

 na terra africana

calcinada pelos marimbondos

capacidade de picar

injectar veneno.


#KimdaMagna

quarta-feira, 28 de maio de 2025

O OLHO DIGITAL

 


Apresentou se naquela ocasião eivado , inchado de insolências insolventes e convencimentos fakeanos e hackerianos. Pretendia este olho digital discutir procedimentos de “modulação”. Alguém na sala esclareceu que modular significa integrar e pronto ficamos por aqui neste estilhaçamento impróprio para cardíacos. Bem que lá  nos anos cinquenta do século passado ( relação à cibernética) alguém falava dos estudos intersemióticos, acrescentando que a máquina dominaria o humano.

O olho digital observou com parcimónia que nos limites do metal ou papel e perante uma luz tão alta haveriam leis hediondas, códigos, rastos de paisagens destruídas enfim o analógico em agonia. Os tais céus relampejantes substituídos serão pelos absorventes plasmas. Pode acontecer que este fulgor digital cegue o mundo, mas nada de entrar em pânico. Inventaremos logo, logo um duplo olho mecânico.

Eu era criança, ela e
ra criança, somos todos crianças adulteradas? Nada de confusões! Adulto e adúltero tem origens diferentes!!!

#KimdaMagna