Quadrado de mente
obtuso ângulo na forma de estar.
Sol peneirado queria ele, sonhava alto
este mancebo mesmo se na horizontal posição.
É um deleite de si próprio
arroga certeza químicas
em doméstico laboratório.
Um dia… tropeçou num fio de aranha
nariz caído certeiramente
no centro da teia
deixou de respirar, mas não de ver
o descalabro estatelado onde tombara.
Cogitou ainda uma saída.
Azar… seu spray anti labirinto
caíra do bolso roto da sua alma.
terça-feira, 17 de maio de 2011
quinta-feira, 12 de maio de 2011
CARNE TÚMIDA
Eu estava no princípio do espectáculo
quando escutei o murmúrio da noite inclinada,
sussurrando baixinho em meu ouvido
soltou uma voz líquida e compacta como néctar.
A minha vez foi anunciada pela mãe das marés, o privilégio da vida.
Apesar dos contrasins, nas curvas do teu corpo
um livro de sabedoria, guiava me por ti
por entre dedos o tilintar das tuas entranhas
revelou se qual pedra esmerilada, carne túmida
no gemido, as pálpebras quentes a queimar
floriácio devir do toque dos corpos.
Exausto adormeci, sentindo a porta deixada aberta
pelo teu calor, liquefeito eu dentro de ti.
quando escutei o murmúrio da noite inclinada,
sussurrando baixinho em meu ouvido
soltou uma voz líquida e compacta como néctar.
A minha vez foi anunciada pela mãe das marés, o privilégio da vida.
Apesar dos contrasins, nas curvas do teu corpo
um livro de sabedoria, guiava me por ti
por entre dedos o tilintar das tuas entranhas
revelou se qual pedra esmerilada, carne túmida
no gemido, as pálpebras quentes a queimar
floriácio devir do toque dos corpos.
Exausto adormeci, sentindo a porta deixada aberta
pelo teu calor, liquefeito eu dentro de ti.
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