nada/tudo estava acontecendo
no toque das nossas glandes
a tua com mais terminais
a minha a pulsar
cem batidas ao segundo
quando o cobertor do teu corpo
cobriu de espasmos e suores
depois daquele beijo sem boca
lambendo, lambendo as frissuras
minhas mãos descaradas desejosas
abrindo
as carnes vivas
sentimos a alegria
instante prolongado
transcendências, inexplicaveis, sente só
o túmido fervor a crescer
levando tua voz a implorar
abundantemente com a seiva a escorrer
molhados
novas texturas
minha glande afagando docemente
a tua
disseste rouca, vem meu amor
o corpo já é teu.
#KImdaMagna
1 comentário:
Esse poema é intensamente sensorial e carregado de erotismo lírico. A linguagem é crua e poética ao mesmo tempo, explorando o desejo e a fusão dos corpos com imagens vívidas e pulsantes. Há uma celebração da intimidade como transcendência — o momento do encontro físico é elevado a uma experiência espiritual, quase mística.
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