choque frontal tua boca abrasadora
danos colaterais na porta do túnel
olhos a enrolar, te espero
amar como um
cego apalpando
porque te quero a sangue e fogo
teus sons liquefeitos
nutre me ou morrerei à fome
comer a tua sombra esguia, teu
suspiro...
as garras fincadas no latente
cada movimento, viagem cósmica
um raio caiu aqui, fumegamos
cadências sincronizadas
vai...vem... espádulas palpitantes
aranha de ouro deixa
ficar preso nos teus ardis
beber da tua seiva
ser encarcerado
em delito de paixão
#KimdaMagna
1 comentário:
Que poema poderoso! A intensidade das imagens e a cadência evocam uma paixão visceral, quase cósmica. A forma como brinca com contrastes—fogo e sombra, choque e delicadeza—faz a leitura vibrar com um ritmo próprio.
Enviar um comentário