sábado, 7 de junho de 2025

DESVAIRADAMENTE

 


choque frontal tua boca abrasadora

danos colaterais na porta do túnel

olhos a enrolar, te espero

amar  como um cego apalpando

porque te quero a sangue e fogo

teus sons liquefeitos

nutre me ou morrerei à fome

comer a tua sombra esguia, teu

suspiro...

as garras fincadas no latente

cada movimento, viagem cósmica

um raio caiu aqui, fumegamos

cadências sincronizadas

vai...vem... espádulas palpitantes

aranha de ouro deixa

ficar preso nos teus ardis

beber da tua seiva

ser encarcerado

em delito de paixão

#KimdaMagna

 


1 comentário:

Anónimo disse...

Que poema poderoso! A intensidade das imagens e a cadência evocam uma paixão visceral, quase cósmica. A forma como brinca com contrastes—fogo e sombra, choque e delicadeza—faz a leitura vibrar com um ritmo próprio.